quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Eu quero e exijo


Em cada 100 euros que o Patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social.


O meu Patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.


E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu Patrão outros 33 euros.


Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu Patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.


Em resumo:


Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.

Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21.

Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.

Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.


Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:


Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos.

Serviços de saúde exemplares.

Um hospital bem equipado a menos de 20km da minha casa.

Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o pais.

Auto-estradas sem portagens.

Pontes que não caiam.

Tribunais com capacidades para decidir processos em menos de um ano.

Uma maquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.

Eu pago, e por isso quero ter, quando la chegar, a reforma garantida.

Jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.

Policia eficiente e equipada.

Os monumentos do meu pais bem conservados e abertos ao publico.

Uma orquestra sinfónica.

Filmes criados em PORTUGAL.

E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.

Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em PORTUGAL garantem ao Estado 100 euros de receita.

Portanto Sr. PRIMEIRO-MINISTRO, governe-se com o dinheirinho que lhe dou, porque eu quero e tenho direito a tudo isto.


Um português contribuinte.

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